NOTA SUPLEMENTAR
“Errare humanum est”. Certamente que a maioria
das pessoas já citou esta frase para desculpar um qualquer erro cometido. E, na
verdade, há erros desculpáveis e outros nem tanto. E são estes que nos devem
perturbar. Isto a propósito do jogo da Final do Torneio de Elvas (2002), onde a
presença feminina na arbitragem – que se saúda – deixou a sua marca.
A menina na foto abaixo – perdoe mas
não sei o seu nome – foi durante o jogo da Final (“O Elvas” CAD x AC Arrentela)
árbitro assistente e foi nesse papel que aquando do desempate por pontapés da
marca de grande penalidade se posicionou na linha de fundo com o olhar
compenetrado na linha de golo.
Aquando da marcação do primeiro
pontapé da marca de grande penalidade, o guarda-redes do AC Arrentela defendeu
e o árbitro validou a defesa…eis, senão, que a menina árbitro assistente invoca
que o guarda-redes se mexeu antes da bola partir, levando (!) o árbitro a
alterar a sua decisão e a mandar repetir o pontapé.
O AC Arrentela até poderia ter
perdido o Torneio…como perdeu, dou de barato, mas não me resigno perante
injustiças. É que a menina árbitro assistente nunca poderia ter assinalado tal,
por duas razões
1) porque
não aconteceu;
2) porque
se tem o olhar na linha de golo, não pode ver quando a bola parte, e isso é cientifico.
Ah, é verdade, pode
dizer que ouviu o pontapé…mas aí basta que esteja atenta ao que o ex-árbitro
Pedro Henriques diz sobre esta matéria.
Mas também o senhor Árbitro não
esteve bem. É que, após validar a defesa, voltou atrás na sua decisão.
Pergunta-se ao senhor árbitro: quem está melhor colocado para verificar o
adiantamento ou não de um guarda-redes aquando do pontapé da marca de grande
penalidade. O senhor Árbitro ou o Árbitro Assistente, com o olhar compenetrado
na linha de golo?
Curioso foi depois, nos restantes
pontapés da marca de penalidade, a menina árbitro assistente não ter
descortinado mais nenhum adiantamento dos guarda-redes….será que não houve(!?).
Para conhecimento de V. Exa(s),
já desempenhei quase todos os papéis desportivos: jogador, treinador,
dirigente, jornalista profissional desportivo (com mais de 300 jogos vistos e
analisados), mas é, no singelo, papel de Pai que me dirijo a V. Exa(s)
desejando-lhes as maiores felicidades desportivas, mas não lhes desejando que
enquanto Pais vejam os Vossos filhos chorarem por um ERRO que não o foi…
porque não podia ser e os senhores sabem-no bem.
E só escrevo estas linhas, porque,
como dizem na terra que me viu nascer, precisamente Elvas, “quem não se sente não é filho
de boa gente”. E prezo-me em ser filho de boa gente e gostar de estar “entre os
meus”.
Por último, mas não menos
importante, endereçar os Parabéns ao “O ELVAS” CAD pela vitória e Parabéns ao
AC Arrentela pela entrega e determinação com que disputou a Final.
Carlos Piçarra
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