terça-feira, 16 de junho de 2015

AS MAIORES FELICIDADES DESPORTIVAS


NOTA SUPLEMENTAR


“Errare humanum est”. Certamente que a maioria das pessoas já citou esta frase para desculpar um qualquer erro cometido. E, na verdade, há erros desculpáveis e outros nem tanto. E são estes que nos devem perturbar. Isto a propósito do jogo da Final do Torneio de Elvas (2002), onde a presença feminina na arbitragem – que se saúda – deixou a sua marca.

A menina na foto abaixo – perdoe mas não sei o seu nome – foi durante o jogo da Final (“O Elvas” CAD x AC Arrentela) árbitro assistente e foi nesse papel que aquando do desempate por pontapés da marca de grande penalidade se posicionou na linha de fundo com o olhar compenetrado na linha de golo.


Aquando da marcação do primeiro pontapé da marca de grande penalidade, o guarda-redes do AC Arrentela defendeu e o árbitro validou a defesa…eis, senão, que a menina árbitro assistente invoca que o guarda-redes se mexeu antes da bola partir, levando (!) o árbitro a alterar a sua decisão e a mandar repetir o pontapé.

O AC Arrentela até poderia ter perdido o Torneio…como perdeu, dou de barato, mas não me resigno perante injustiças. É que a menina árbitro assistente nunca poderia ter assinalado tal, por duas razões 
1)  porque não aconteceu;
2)  porque se tem o olhar na linha de golo, não pode ver quando a bola parte, e isso é cientifico.
Ah, é verdade, pode dizer que ouviu o pontapé…mas aí basta que esteja atenta ao que o ex-árbitro Pedro Henriques diz sobre esta matéria.

Mas também o senhor Árbitro não esteve bem. É que, após validar a defesa, voltou atrás na sua decisão. Pergunta-se ao senhor árbitro: quem está melhor colocado para verificar o adiantamento ou não de um guarda-redes aquando do pontapé da marca de grande penalidade. O senhor Árbitro ou o Árbitro Assistente, com o olhar compenetrado na linha de golo?

Curioso foi depois, nos restantes pontapés da marca de penalidade, a menina árbitro assistente não ter descortinado mais nenhum adiantamento dos guarda-redes….será que não houve(!?).

Para conhecimento de V. Exa(s), já desempenhei quase todos os papéis desportivos: jogador, treinador, dirigente, jornalista profissional desportivo (com mais de 300 jogos vistos e analisados), mas é, no singelo, papel de Pai que me dirijo a V. Exa(s) desejando-lhes as maiores felicidades desportivas, mas não lhes desejando que enquanto Pais vejam os Vossos filhos chorarem por um ERRO que não o foi… porque não podia ser e os senhores sabem-no bem.

E só escrevo estas linhas, porque, como dizem na terra que me viu nascer, precisamente Elvas, “quem não se sente não é filho de boa gente”. E prezo-me em ser filho de boa gente e gostar de estar “entre os meus”. 

Por último, mas não menos importante, endereçar os Parabéns ao “O ELVAS” CAD pela vitória e Parabéns ao AC Arrentela pela entrega e determinação com que disputou a Final. 

Carlos Piçarra

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